terça-feira, 30 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Poesia
A escrita e a música combinam-se
Em ritmos, sons, palavras e cores
Permitindo a interpretação dos sentimentos
E dando às emoções a beleza dos amores.
Os dias percorridos ao ritmo apressado
Onde nunca mais regressámos,
Pela impossibilidade de nunca mais aí podermos voltar,
Faz com que nunca mais sejamos aquilo que fomos.
Mas o tempo traz à vida Poesia!
E tudo gira à volta dela, se nela encontramos
O brilho de uma estrela que se cruza no nosso caminho
Júlia Fernandes, 18 de Novembro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Introspecção
Neste instante de profundo olhar
Reparo que o que está dentro de mim
Suporta o que acontece fora de mim.
Escuto o tempo e isento-o,
As palavras vagas e cheias de razão,
Passando como rios imensos que sempre correm,
Ou o canto dos pássaros em voo distante.
A doçura das almas que me tocam,
Semeada na aridez de terreno sem dono,
Surge no diálogo mudo com o sol.
Depois, encaminho a minha escrita, de nudez completa,
Para a lua, correctora isenta, que a devolve
Com palavras de luz e de sede
Caídas mortas no tempo de ninguém.
Julia Fernandes, 2009
Reparo que o que está dentro de mim
Suporta o que acontece fora de mim.
Escuto o tempo e isento-o,
As palavras vagas e cheias de razão,
Passando como rios imensos que sempre correm,
Ou o canto dos pássaros em voo distante.
A doçura das almas que me tocam,
Semeada na aridez de terreno sem dono,
Surge no diálogo mudo com o sol.
Depois, encaminho a minha escrita, de nudez completa,
Para a lua, correctora isenta, que a devolve
Com palavras de luz e de sede
Caídas mortas no tempo de ninguém.
Julia Fernandes, 2009
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Cega Paixão
Quando a cega paixão se debruça
Na janela longa da espera
Permanece aí sem medir o tempo.
Depois, quando a lucidez desperta
E a exaustão adormece
Emerge um turbilhão de incertezas
De momentos de escolhas:
- Viver na gaiola da vida?
- Partir como as andorinhas?
Nesses momentos de dilema
As lágrimas da alma escorrem
De mãos dadas, vazias e caem sem fim
Traçando o caminho da viagem sem regresso!
Nesse instante o tempo reclama a sua labuta
Lavando as marcas da alma queimada.
Aos Amigos
A amizade é um botão de rosa amarela
Que desabrocha num dia de Primavera,
Num gesto, num olhar, numa palavra -
- Um sinal de afecto, quando não se está só.
A amizade é caminhar mais além.
É manter a rosa amarela com pétalas aveludadas,
Luminosas como raios de Sol.
É semear o perfume dela no aconchego e na distância,
No cabo do mundo, quando é preciso.
É sentir a alma, intuir o pensamento de alguém,
No ruído da caminhada abrupta dos dias.
É oferecer a mão da verdade, da esperança,
Da luz e do amor que existe em nós.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
A Poesia
A poesia faz a alma voar no horizonte,
Gritar, soltar a voz do peito de sentimentos mansos.
A poesia é a percepção da luz, do entendimento profundo
Do campo dos sonhos, da fantasia e da realidade.
A poesia regista a teia do destino, na noite e no dia,
Liberta-nos, nos dias de sombra, num voo distante.
A poesia é a metamorfose constante da alma,
O equilíbrio para quem quer viver acordado.
12.01.2009, Júlia Fernandes
Um texto de Ananda Marga
"A Atitude é tudo.
As coisas que te acontecem são menos importantes do que aquilo que acontece dentro de ti.
Há duas forças a trabalhar à tua volta, uma exterior e uma interior.
Temos muito pouco controlo sobre as forças exteriores como furacões, terramotos, desastres, doenças e sofrimentos.
Mas aquilo que realmente importa é a força interior: Como respondemos a esses desastres?
E sobre esta, podemos ter o controlo total.
Ninguém na terra te pode magoar, a menos que aceites a dor na tua própria mente. O problema não está nas outras pessoas, mas na tua reacção a elas.
Não podes controlar sempre as circunstâncias.
Mas podes controlar os teus pensamentos, para encontrares o caminho."
As coisas que te acontecem são menos importantes do que aquilo que acontece dentro de ti.
Há duas forças a trabalhar à tua volta, uma exterior e uma interior.
Temos muito pouco controlo sobre as forças exteriores como furacões, terramotos, desastres, doenças e sofrimentos.
Mas aquilo que realmente importa é a força interior: Como respondemos a esses desastres?
E sobre esta, podemos ter o controlo total.
Ninguém na terra te pode magoar, a menos que aceites a dor na tua própria mente. O problema não está nas outras pessoas, mas na tua reacção a elas.
Não podes controlar sempre as circunstâncias.
Mas podes controlar os teus pensamentos, para encontrares o caminho."
Acrescento: - da serena liberdade.
Julia Fernandes, 2010
Curriculum Artístico
“Os movimentos do pincel e da caneta , que jorram simultaneamente como lava ardente das minhas entranhas e como água pura e cristalina lavando-me a alma, para depois me libertar num voo distante, são agora a memória de mim ”.
Júlia Fernandes, 2010
Nasceu em 1961, na freguesia de Paços, concelho de Melgaço, distrito de Viana do Castelo.
É autodidacta na área da pintura e iniciou o seu percurso pictórico no ano de 1996.
Em 2004, frequentou o Curso Livre de Pintura, orientado pelo Professor Carlos Dias, na Cooperativa Árvore – Porto e o Curso de Técnicas de Pintura orientado pela Professora Paula Soares, no Museu Soares dos Reis – Porto.
Reside no Porto, com domicílio necessário em Santarém.
Exposições realizadas
Colectivas Julho de 1996 – Escola de Bailado – Vila Real Julho de 1997 – Escola de Bailado – Vila Real Julho de 1998 – Escola de Bailado – Vila Real Julho de 1999 – Escola de Bailado – Vila Real Julho de 2000 – Escola de Bailado – Vila Real Julho de 2001 – Escola de Bailado – Vila Real Março de 2005 – Labmed – Av.ª de França – Porto Julho de 2005 – Casa dos Açores – Porto Novembro de 2005 – Solar do Alvarinho – Melgaço Novembro de 2006 – Lugar do Vinho – Porto Abril de 2007 – Solar do Alvarinho – Melgaço Março de 2008 – Woodhouse in Arte Abril de 2008 – Quinzena do Ambiente – Águeda Maio de 2008 – Fórum Vallis Longus – Valongo Junho de 2008 – Galeria Arte no Cais – Porto Novembro de 2008 - Solar do Alvarinho – Melgaço Dezembro de 2009 – Casa do Brasil - Santarém Individuais Fevereiro de 2001 – Solar do Alvarinho – Melgaço Fevereiro de 2005 – Café com Livros – Valença Abril de 2005 – Solar do Alvarinho – Melgaço Dezembro de 2005 – Café com Livros – Valença Janeiro de 2006 – Câmara Municipal – Peso da Régua Abril de 2006 – Solar do Alvarinho – Melgaço Junho de 2006 – Galia Lucília Guimarães - Guimarães Outubro de 2006 – IPJ de Vila Real Dezembro de 2006 – IPJ de Viana do Castelo Maio de 2007 - Galeria Lucília Guimarães - Guimarães Junho de 2007 – Câmara Municipal de Ponte da Barca Julho de 2007 – Posto de Turismo de Esposende Setembro de 2007 – Casa da Cultura de Miranda do Douro Novembro de 2007 – Solar do Alvarinho – Melgaço Junho de 2008 – Biblioteca Municipal de Barcelos Setembro de 2008 – Biblioteca Municipal de Moimenta Maio de 2009 – Solar do Alvarinho – Melgaço |
Outras Participações
2004 – Participou na elaboração e lançamento do livro 2004, Gatafunhos, Edição Particular, com desenho e poesia
2005 – Participou na ilustração de uma colecção de postais de Natal
2008 - Lançou o livro “Passeios Interiores”, que integra poesia e pintura da artista.
Representação
Encontra-se representada em colecções privadas, em Portugal, Espanha, França e Estados Unidos da América e em instituições públicas: Câmaras Municipais, Governo Civil de Vila Real, Institutos Públicos e Juntas de Turismo.
Integra o espólio de um coleccionador de arte nacional.
Sentidos

De narrativas hipotéticas urge um espaço construtivo de fios subtis de luz e certeza, que me prendem na minha procura. A minha voz solta-se e recomeço a sorrir, a revisitar a afirmação de que não podemos conhecer senão aquilo que está ao nosso alcance e nesta ambiguidade dos sentidos a abstracção é a fuga da realidade.
Júlia Fernandes, 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Poemas no Intervalo
Todos vamos mudando no tempo,
Como se de estações do ano se tratasse.
Aprendemos a revestir-nos de outras folhagens,
Para que o nosso interior não se desgaste e adormeça.
Aprendemos a aliviar com um suspiro a paixão,
Com uma lágrima a apagar a dor,
A escutar a música, entre o real e o imaginário
Com desejo e apego, tantas vezes.
Calamos a voz
Às palavras que fogem da boca,
Deixando-as sublimadas em silêncios persistentes,
Aos gritos de desejo que não ecoam,
Só porque chegou a Primavera,
Com o perfume das flores no campo
E a brisa fresca do vento,
Acariciando-nos a face.
Júlia Fernandes, 2009
Palavras perdidas
Nos dias cinzentos, quando os sentidos subsistem,
Na dualidade da morte e da vida,
As palavras soltam-se da boca
Á primeira ave que passa
Procurando o sossego submergido
Pela onda forte da vida.
Naufragada a alma no lodo
Da maré vaza, melancólica e despida,
Pelas palavras que nunca mais escutarei.
2010, Júlia Fernandes
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